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Mulheres Indígenas

Objetivo

O Instituto Catitu, por meio da formação multimídia, busca promover o protagonismo das mulheres indígenas a partir de um processo criativo de apropriação de novas linguagens. Embora haja por parte das mulheres indígenas um crescente interesse por atividades que antes eram restritas aos homens, são raras as oportunidades de formação e espaços de atuação que levem em conta suas especificidades. O maior contato com a sociedade envolvente vem trazendo transformações na vida das comunidades e criando novas necessidades e aspirações por parte das mulheres indígenas. Elas reivindicam uma melhor repartição de oportunidades entre homens e mulheres, o acesso à formação e à informação, e também à políticas específicas. Utilizar as novas tecnologias como ferramentas de autorepresentação abre novas possibilidades de expressão e promove a autoestima das mulheres. Há aí um importante aspecto político na medida em que proporciona-lhes uma nova forma de apresentarem-se ao mundo ocidental, segundo suas escolhas, sua apreciação, sua perspectiva. Passamos a ter acesso à perspectiva das mulheres, expressa muitas vezes de uma forma mais contundente do que a proporcionada pelo discurso político convencional. Assista ao vídeo.

Resultado

As oficinas tiveram início em 2010, durante o V Encontro de Mulheres do Parque Indígena do Xingu organizado pelo Projeto Xingu, da Universidade Federal de São Paulo. A experiência de um modelo de formação voltado exclusivamente para mulheres foi fundamental para motivá-las a aderir ao projeto e gerou uma demanda por novas oficinas. Em 2011, a 2a oficina reuniu, também no Xingu, 22 mulheres das etnias Kawaiweté, Kamaiurá e Ikpeng. A participação de mulheres de várias gerações mostrou que os aparatos tecnológicos próprios à produção multimídia não são obstáculos para a participação das mais velhas. Sob a orientação de Mari Corrêa, coordenadora do Instituto Catitu e da cineasta Tata Amaral, as participantes realizaram um curta-metragem de ficção, “A Cutia e o Macaco”, inspirado em uma canção de ninar kawaiweté (making of). Também registraram doze receitas culinárias tradicionais. Em 2012, a 3a oficina de formação ganhou um formato multimídia com a participação da artista e educadora Marie Ange Bordas. Nela, as mulheres manifestaram o desejo em continuar trabalhando a culinária tradicional.

Como surgiu

A Associação Yamurikumã realizou o II Encontro das Mulheres Xinguanas em outubro de 2013 em Canarana, no Mato Grosso, com o objetivo de reunir e fortalecer as lideranças femininas da Terra Indígena do Xingu. O encontro recebeu 250 mulheres de 16 etnias e contou com o apoio de várias instituições, entre elas o Instituto Catitu, a Associação Terra Indígena Xingu (ATIX), o Projeto Xingu/UNIFESP, a FUNAI, o Instituto Socioambiental e a Rainforest do Japão. Neste encontro de três dias foram discutidos vários temas de interesse das mulheres, entre eles o papel da Associação Yamurikumã e como ela pode ajudar as mulheres xinguanas a terem mais força política. As lideranças presentes recomendaram que as conversas sobre a Associação deviam continuar a ser feitas nas aldeias para esclarecer dúvidas, envolver mais mulheres e aprofundar a discussão. Dessa orientação das lideranças surgiu a ideia do projeto Rodas de Conversa das Mulheres Xinguanas. Veja o vídeo do encontro.

Parceiros

  • Instituto Catitu

  • FUNAI

  • ATIX

  • Instituto Socioambiental (ISA)

  • Embaixada da Noruega

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